Johnny Got His Gun

Aqui.

Entrevista a Margarida Cordeiro?

Bom, entretanto a Pública de ontem não trazia nenhuma entrevista a Margarida Cordeiro. Já contactei o Público, aguardo resposta - estou mesmo convencido de que ela chegará, a resposta. Se alguém souber de alguma coisa, por favor comente. Obrigado.

On the act of shitting

1) Num qualquer episódio de "Family Guy": trinta segundos, mais ou menos, com a Lois Griffin cuidadosamente a colocar tiras de papel higiénico na tampa de uma sanita de uma casa de banho pública.

2) No episódio 8 da 3ª temporada de "Californication": Hank Moody a descrever o fenómeno da cagadela sem espinhas, o único termo que conheço, em que o movimento perfeito do intestino executa a acção num continuum, não deixando qualquer vestígio da mesma cagadela, comprovável com a passagem do papel higiénico, que virá tão branco como foi.

Ne Change Rien

"Ne Change Rien" estreia hoje nos cinemas UCI, mas é como se não existisse. Nada na página principal, nada na página das estreias, é preciso encontrá-lo na programação (com certeza, ainda pensaram em omitir a sala 14). Vai durar uma semana. Filhos da puta.

Filmes esquecidos do cinema português

Com organização do ABC Cineclube - sinopses e programação completa aqui. Deviam encher estas sessões.

Via Sound and Vision - agradecimentos.

Dia 22 de Novembro de 2009: é obrigatório comprar o Público porque virá uma entrevista a Margarida Cordeiro

Vivem num espaço, tanto nas suas casas como na natureza, que é já cinematográfico. Estou certo que, se eles estudassem cinema, se tornariam cineastas. Um camponês disse-me um dia: «Como? Vais para Lisboa sem nunca ter visto a luz que vai de tal quilómetro a tal quilómetro? Como é que podes?» Dificilmente encontro em Lisboa pessoas que me falam da luz sobre as paredes ou sobre as ruas.

...

Entretanto, Manuel Ferreira ia orientando.

- O meu pai conhece aquilo tudo. Dizia: "A partir das dez horas ali fica à sombra." Ou: "Em Fevereiro aí só há carvalhos." Ou: "Ouve-se o rio ou não..."

Tudo neste mundo desafia a capacidade relativizadora da antropologia pós-pós-colonialista. É um mundo ativamente tribal, em que os dóceis, os diferentes, os homossexuais e as mulheres pagam um alto preço para continuarem vivos, e muitos vezes morrem.

E este é o mesmo código que honra os mais velhos, que não teme o sofrimento, que protege pobres e doentes, que faz da hospitalidade um santuário e une o clã em todos por um.

in Caderno Afegão, de Alexandra Lucas Coelho, Tinta da China, 2009